O que seria da música sem os Beatles?
E...
o que seria dos beatles sem George Martin?
Esse texto é meu agradecimento ao querido George Martin que transcendeu essa realidade e está agora produzindo arranjos geniais em um plano superior...
Pra quem não sabe sou um fã fervoroso dos Beatles. Meu primeiro disco de vinil foi colocado na agulha de um toca disco para escutar o brilhante Imagine by Lennon, depois disso minha vida mudou, ganhou um tom de otimismo, o mundo não era tão mais preto e branco ou será que era? Com o passar dos anos embarquei em uma viagem sem volta aos anos de glória do quarteto de Liverpool, passeie por Penny Lane e subi aos telhados de abbey road e no fim entendi o significado de toda uma história de amor que quero compartilhar com vocês.
A história começa Liverpool, Inglaterra de forma dramática. John havia perdido a mãe atropelada. Paul também era orfão de mãe. Os dois rapazes tinham algo em comum, uma ligação que se estendia pela dor e pela saudade. Porém em seus corações batia uma vontade imensurável de gritar o que estavam sentindo. Quem poderia os ouvir se não um ao outro? E você pode estar pensando, que historia triste, certo? Pelo contrário isso foi o começo de algo grandioso. Duas mentes infinitamente criativas se uniram para fazerem músicas que tocariam a alma de milhões em um mundo carente de positividade. O universo ainda tratou de introduzir as peças que estavam faltando de maneira categórica, para a maior banda de todos os tempos ficar completa. John, Paul, George e Ringo formavam o FAB4, os Beatles. Em cima do palco, mas por trás das cortinas estavam duas figuras que não faziam questão de aparecer para as câmeras, Brian Epstein e George Martin. O empresário visionário e o arquiteto dos arranjos e das melodias harmoniosas. O quinto e sexto Beatles. Dois homens que curtiam andar elegantes e exalavam um charme todo britânico. Naquela época o Rock ainda engatinhava e os garotos de Liverpool queriam nada mais que remexer os quadris e soar como Elvis Presley. É por isso que devemos agradecer tanto aos senhores Epstein e a Sir George Martin, pois o primeiro tratou de investir nos moleques após verem eles tocando no "The cavern",e o segundo a quem devemos sempre chamar de maestro foi que "arrumou a casa" e moldou o som aveludado que estamos acostumados a ouvir no carro ao inserirmos discos como Help!, Hard days night, Please, Please me e todos os outros. Mas engana-se quem pensa que tudo foi um mar de rosas. Os jovens músicos tinham um talento excepcional, mas também tinham um ego enorme, um impeto juvenil de querer tudo ao mesmo tempo e coube aos "senhores" Brian George lidar com os hormonios a flor da pele. Muitas das canções foram produzidas com muitos desentendimentos por parte do produtor e chefe da Parlophone George Martin e os "cabeças" Paul e John. No DVD "The long and winding road" Paul McCartney se refere a George Martin como “the annoying man”…que podemos traduzir para algo do tipo "um homem desagradável" ou no linguajar popular um cara chato. Mas hoje analisando o que ele tinha em mãos naquela época era diamantes brutos, rugindo para serem lapidados. George com certeza não aliviou a barra dos rapazas, ele sabia do potencial que tinha em mãos e forçou os quatro a entregarem sempre algo que ele considerava de ótima qualidade e por muitas vezes chegou a criticar canções que viriam a fazer sucesso como foi o caso de She Loves You, onde George chegou a se referir a canção como boba e com um final antiquado. Mas é de se compreender já que o Maestro tinha uma formação toda erudita e queria que os rapazes o entendessem também, tanto é que devemos a ele a batuta, como nas orquestrações de Sgt. Pepper`s.
Tudo que os Beatles faziam se tornava algo memorável, com rarissimas exceções se é que se pode considerar algum trabalho dos beatles de fraco ou ruim. Eles inovaram e foram além de tudo que o mundo entendia como entretenimento e show business, e dizer que os Beatles conseguiriam atingir tudo o que eles conseguiram sem George Martin é não entender a dimensão da importância dessa figura para o século 20 e 21.
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