terça-feira, 3 de novembro de 2020

Uma canção bela e intimista da Banda

 



Não faz diferença onde eu viro

Eu não posso superar você e a chama ainda queima

Não faz diferença, noite ou dia

A sombra parece nunca desaparecer


E o sol não brilha mais

E a chuva cae em minha porta


Agora não há amor

Tão verdadeiro como o amor

Que morre não revelado

Mas as nuvens nunca se penduraram tão baixas antes


Não faz diferença quão longe eu vá

Como uma cicatriz a dor vai sempre aparecer

Não faz diferença quem eu encontro

Eles são apenas um rosto na multidão

Em um beco sem saída

E o sol não brilha mais

E a chuva cae em minha porta


Estas velhas cartas de amor

Bem, eu apenas não posso guardar

Porque como diz o jogador

Leia-as e lamente

E o amanhecer não me resgata, não mais


Sem o seu amor eu não sou nada

Como uma sala vazia, é uma queda solitária

Desde que você se foi é uma batalha perdida

Debandando como um animal louco

Ele sacode as paredes


E o sol não brilha mais

E a chuva cae em minha porta


Bem, eu te amo tanto

É tudo que posso fazer

Apenas para me impedir de dizer-lhe

Que nunca me senti tão sozinho antes

sábado, 10 de outubro de 2020

Mark Knopler é música para meus ouvidos

 


Um relato emocionante de um brasileiro sobre John Lennon

 fonte: terra

Um brasileiro gente como a gente, fez o que muitos de nós gostariam...

Marco Antônio Mallagoli conseguiu conversar com seu ídolo poucas semanas antes do assassinato em Nova York.

John Lennon e Marco Antônio Mallagoli se encontraram no aniversário de 40 anos de John Lennon
John Lennon e Marco Antônio Mallagoli se encontraram no aniversário de 40 anos de John Lennon
Foto: Osni Omena / BBC News Brasil

Há exatos 40 anos, o músico e empresário Marco Antônio Mallagoli, então com 27 anos, meteu na cabeça que queria passar o aniversário de 40 anos de John Lennon, no dia 9 de outubro de 1980, ao lado do ídolo. Fácil não seria, pensou. Mas, não custava tentar.

Alguns amigos tentaram dissuadi-lo da ideia: "Cara, ele odeia fã. Vai cuspir na sua cara!", argumentaram os mais exaltados.

Mallagoli deu de ombros. Fã dos Beatles desde 1963, quando ouviu, pela primeira vez, uma canção do quarteto inglês, tomou as devidas precauções: a primeira delas foi arranjar um canto para ficar em Nova York.

Não poderia ter encontrado um lugar melhor: Osni Omena, o primo de um amigo que curtia os Fab Four, morava na rua 71, a um quarteirão do Dakota, o prédio em que Lennon e a mulher Yoko Ono, moravam, e lhe abriu as portas do apê.

O passo seguinte foi providenciar um presente para o aniversariante: um exemplar de Os reis do iê-iê-iê (1965), a versão brazuca da trilha-sonora do filme A hard day's night (1964), com dedicatória e tudo.

Mallagoli chegou a Nova York por volta do dia 5 de outubro. Todos os dias, ele passava uma média de oito horas, das quatro da tarde à meia-noite, na frente do Dakota.

Na esquina da rua 72 com a Central Park West, em Manhattan, o Dakota entrou para a história como o edifício residencial mais famoso do mundo.

Com pé direito alto, paredes revestidas em mogno e chão de mármore, o lugar abrigou astros e estrelas, como a atriz Judy Garland (1922-1969), o bailarino Rudolf Nureyev (1938-1993) e o casal John Lennon e Yoko Ono, que se mudou para lá em 1973.

"Nos anos 1980, o Dakota tornou-se um dos points turísticos mais badalados de Nova York. A qualquer hora do dia ou da noite, havia curiosos na porta do edifício, querendo ver seus moradores ilustres", relata Omena, que mora em Nova York desde o verão de 1980 e trabalha como designer 3D.

Em pouco tempo, Mallagoli tornou-se "amigo de infância" de um dos porteiros do Dakota, o cubano José Perdomo, de 45 anos. Para selar a amizade, deu de presente a ele "um maço de cigarros e uma garrafa de cachaça". Em retribuição, pediu a gentileza de entregar ao morador mais ilustre do prédio o LP que trouxera do Brasil.

No grande dia, o do aniversário de John Lennon, Mallagoli não era o único a querer dar os parabéns ao ídolo. Uma pequena multidão se formou na frente do Dakota.

A certa altura, o pequeno Sean, que faz aniversário no mesmo dia em que o pai, berrou da janela do sétimo andar: "Há uma surpresinha pra vocês na portaria!".

O ex-beatle havia providenciado fatias de bolo, embrulhadas em papel alumínio, e balões coloridos autografados para os fãs.

Em vez de pegar seu pedaço, Mallagoli puxou conversa com o sujeito que trouxera os presentes. Quando descobriu que se tratava de Frederic Seaman, secretário particular do artista, perguntou se o aniversariante tinha gostado do presente que lhe dera na véspera. "Ah, então, foi você?", espantou-se. "John já ouviu umas três vezes. Há muito tempo ele não ouvia um disco dos Beatles...", disse.

Nessa hora, Mallagoli encheu-se de coragem para perguntar se não daria para ele subir um pouquinho e, quem sabe, conhecer o ídolo de perto. "Não, não daria", respondeu Seaman.

"Gente como a gente"

No dia seguinte, Mallagoli estava lá, de novo. Deu de cara com uma limusine, estacionada na porta, com o motor ligado. "Ele deve sair a qualquer momento", pensou. Não deu outra. Dali a pouco, a moça com quem Mallagoli conversava emudeceu e arregalou os olhos.

Era a senha. Atrás dele, John Winston Ono Lennon, com seu indefectível óculos de aro redondo.

Sem perder tempo, Mallagoli se apresentou como o presidente do fã-clube Revolution, do Brasil. John retribuiu o cumprimento, agradeceu pelo presente e os dois começaram a conversar.

Mallagoli tirou foto com Lennon em frente ao Dakota, em Nova York
Mallagoli tirou foto com Lennon em frente ao Dakota, em Nova York
Foto: Osni Omena / BBC News Brasil

"Por que você nunca foi ao Brasil?", Mallagoli puxou conversa. "Por que nunca me convidaram", respondeu John. "Então, a partir de agora, considere-se convidado", sorriu. Em seguida, Mallagoli quis saber se Lennon estava trabalhando em algum novo disco. "Sim, ele vai se chamar Double Fantasy", respondeu, referindo ao seu quinto álbum de estúdio, lançado em novembro de 1980. Pouco depois, contou alguns de seus planos para o futuro: lançar outro álbum, Milk and Honey, no comecinho de 1981 e, em seguida, sair em turnê pelo Japão, Europa, EUA... "E Brasil", interrompeu Mallagoli. "Pois é, e Brasil", concordou o cantor.

Neste momento, John contou algo que fez o coração de Mallagoli disparar: "Depois que eu terminar a turnê, vou ligar para Paul, Ringo e George e ver o que nós vamos fazer da vida!".

"A ideia dele era reunir os Beatles para gravar mais alguns discos", recorda Mallagoli. "Cada um deles continuaria com sua carreira solo, mas, de tempos em tempos, os quatro se reuniriam para tocar juntos".

Dessa vez, é Lennon quem faz uma pergunta: "De qual música da banda você mais gosta?". "De todas", desconversou o fã. "Escolhe uma!", insistiu o ídolo. Na hora, Mallagoli pensou na primeira que ouviu, em 1963, quando tinha 11 anos: She loves you. "Por quê?", ficou curioso. "Por nada...", despistou Lennon, com um sorriso maroto, e acrescentou: "Quando você volta para o Brasil?". "Ainda hoje", lamentou, consultando o relógio. E se despediram.

"Foram os 15 minutos mais mágicos da minha vida", garante Mallagoli, hoje aos 67 anos. "Uma emoção difícil de explicar".

A caminho da limusine, John parou, voltou-se para Mallagoli e deu a impressão de que queria dizer algo. No entanto, mudou de ideia e entrou no carro. Algum tempo depois, Mallagoli perguntou a Seaman se, por acaso, ele sabia o que John queria lhe dizer. "Bem, ele pensou em convidá-lo para assistir às gravações do disco no estúdio. Mas, como você estava de viagem marcada, não quis atrapalhar", explicou o assessor.

"Puxa, meu, se soubesse disso, nem voltaria mais para o Brasil!", cai na risada.

As fotos que registraram o encontro entre Lennon e Mallagoli foram tiradas por Osni. "Sim, também sou fã dos Beatles. Mas, não tanto quanto o Mallagoli", diverte-se o amigo. "Minha primeira reação foi pegar a câmera da mão do Mallagoli para registrar o momento. John Lennon foi muito atencioso e receptivo. Gente como a gente", descreve.

Futebol na rua

Ao contrário do que dissera a John, Mallagoli ficou mais um dia em Nova York. Antes de regressar ao Brasil, no dia 11, deu uma última passada no Dakota, para despedir-se de José Perdomo. Entre outras histórias, o porteiro cubano contou que, na Páscoa daquele ano, Paul, Linda e os filhos passaram alguns dias em companhia de John, Yoko e Sean.

Poucas semanas depois do encontro Lennon foi assassinado
Poucas semanas depois do encontro Lennon foi assassinado
Foto: Osni Omena / BBC News Brasil

"Certa noite, John e Paul desceram com algumas crianças do prédio, fecharam a 72 e jogaram bola ali mesmo. Não havia ninguém na rua", contou Perdomo. Não parou por aí. Segundo Lennon teria lhe dito, o ex-Beatle planejava, em breve, pular o Carnaval no Brasil. "De máscara, para não ser reconhecido", salientou o cubano.

De volta ao Brasil, Mallagoli recebeu, depois de alguns dias, um telefonema de Fred Seaman. O secretário de Lennon confirmou a intenção do cantor de excursionar pelo Brasil. "A ideia era fazer show em todos os Estados, pegar o dinheiro da bilheteria, pagar o cachê da banda e doar o resto da grana para alguma instituição de caridade local", recorda.

Mais alguns dias se passaram até Mallagoli receber uma encomenda pelos Correios: o disco de ouro de She loves you, acompanhado de um bilhete escrito por Simmons. "Lennon me disse que esse disco vai estar melhor em suas mãos do que nas dele". Mallagoli ligou para agradecer. "Lennon gostou muito de você", confidenciou o secretário. "Era como se fossem dois velhos amigos que, há anos, não se viam...".

Tiros em Manhattan

Osni Omena tinha acabado de voltar do trabalho quando, na noite de 8 de dezembro de 1980, escutou barulho de fogos de artifício na rua. "Ué, o que será que estão comemorando?", pensou. "Será que são porto-riquenhos comemorando algum feriado nacional?", especulou.

Dakota segue sendo um dos mais famosos residenciais de famosos em Nova York
Dakota segue sendo um dos mais famosos residenciais de famosos em Nova York
Foto: BBC News Brasil

Alguns minutos depois, Osni ouvia sua estação de rock favorita quando o locutor interrompeu a programação para dar uma notícia que ninguém queria ouvir: o ex-beatle John Lennon acabara de sofrer um atentado na porta do Dakota. Osni não acreditou: não eram fogos, pensou, eram tiros. Atordoado, fez questão de conferir de perto o que estava acontecendo.

"Havia muita gente chorando. Quando soubemos da morte dele, foi um choque muito grande. Uma verdadeira tragédia", recorda, emocionado.

Anos depois, Omena reencontrou Perdomo, que contou detalhes daquela noite. Fora ele, dissera, quem tirou o 38 das mãos de Mark David Chapman, o assassino de John Lennon. "Você sabe o que você fez?", perguntou o porteiro. "Sim, eu matei John Lennon", respondeu o sujeito que não tentou fugir da cena do crime, nem ofereceu resistência aos policiais que lhe deram voz de prisão.

Mallagoli soube da morte de Lennon na terça, dia 9. Passava da uma da tarde quando ele chegou para abrir sua loja, na Faria Lima, em São Paulo, e estranhou a multidão. "Marcão, como você está?", perguntou um amigo. "Tudo bem, um pouco cansado, por quê?", respondeu, pegando as chaves no bolso. "Tá bem mesmo, tem certeza?", insistiu outro. "Por quê? O que houve?", parou, desconfiado.

Brasileiro conta que Lennon teria sugerido que queria tocar com os Beatles de novo
Brasileiro conta que Lennon teria sugerido que queria tocar com os Beatles de novo
Foto: PA Media / BBC News Brasil

Foi quando o sujeito lhe mostrou a manchete do Jornal da Tarde: "Tiros. Lennon Cai. Um Beatle Vai Morrer". Mallagoni custou a acreditar. "Impossível", repetia para si mesmo. Só se convenceu da tragédia quando ligou para Nova York e, depois de muito tempo, conseguiu falar com Osni. "É verdade, sim. Mataram o Lennon!", confirmou o amigo do outro lado da linha. Naquele dia, a lojinha Revolution não abriu. Mallagoli voltou para casa, arrumou suas coisas e pegou o primeiro avião para Nova York. Ainda deu tempo de ouvir a mãe reclamar: "Quero ver se, no dia do meu enterro, você vai chorar assim...".

Mallagoli chegou a Nova York na manhã do dia 10. Do JFK, seguiu direto para o Dakota.

Os fãs reunidos na frente do edifício não falavam de outra coisa: Mark Chapman, o autor dos disparos, não passava de um bode expiatório.

Segundo os conspiracionistas, a CIA, a agência de inteligência americana, e o FBI, a polícia federal, estariam por trás do assassinato de Lennon, considerado uma influência política perigosa.

A teoria virou livro, Who Killed John Lennon ("Quem matou John Lennon", inédito no Brasil), escrito pelo jornalista britânico Fenton Bresler, mas nunca foi comprovada.

Naquele mesmo dia, o corpo foi cremado no Cemitério de Ferncliff, em Hartsdale, em Nova York.

No Central Park, a viúva Yoko pediu à multidão que fizesse dez minutos de silêncio. "Quando tocaram Imagine, não resisti. Foi aí que desabei no choro. Nunca chorei tanto na vida", relata.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Nós somos apenas a luz solar do momento

The Youngbloods - Get Together 

Nós somos apenas a luz solar do momento
Vamos nos amar agora mesmo

O amor é apenas uma canção que cantamos
E o medo é a forma de morrer.
Você pode fazer as montanhas tocarem
Ou fazer os anjos chorarem.
Embora o pássaro está na ala
E você pode não saber o porquê.
Vamos agora as pessoas
Sorriso para seu irmão
Todo mundo se reúnem
Tente amar um ao outro agora
Alguns virão e alguns vão
E nós, certamente passaremos.
Quando a pessoa que nos deixou aqui
Retorna para nós no passado.
Nós somos apenas a luz solar do momento
Apagando-se na grama.
Vamos agora as pessoas
Sorria para seu irmão
Todo mundo se reúne
Tente amar um ao outro agora
Se você ouvir a música que cantamos
Você vai entender.
Você segura a chave para o amor e o medo
Em sua mão trêmula.
Apenas uma chave destranca ambos
Está em seu comando
Vamos agora as pessoas
Sorria para seu irmão
Todo mundo se reúne
Tente amar um ao outro agora

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

as 5 melhores músicas do Rush segundo a Letras

Rush foi uma das maiores bandas de rock progressivo da história.

Formada em 1968 em Toronto, no Canadá, era composta pelo baixista, tecladista e vocalista principal Geddy Lee, pelo guitarrista e backing vocal Alex Lifeson e pelo baterista e letrista Neil Peart.

Banda rush
Créditos: Divulgação
A banda entrou em hiato no ano de 2013, alegando que o tempo seria apenas uma pausa para descanso. Entretanto, eles nunca mais voltaram a ativa e, em 2018, o guitarrista Alex Lifeson confirmou que a banda havia encerrado suas atividades.
No dia 07 de janeiro de 2020, Neil Peart, baterista da banda, veio a falecer após três anos de luta contra um câncer no cérebro.


Neil Peart
Créditos: Divulgação
Hoje, vamos relembrar o legado do Rush e prestar uma homenagem ao astro Neil Peart com as 5 melhores músicas da banda.

A morte de Neil Peart

Neil Peart nasceu em 12 de setembro de 1952. Seu caminho na música começou aos 14 anos, quando ganhou uma bateria e começou a praticar pontualmente.
Ao longo dos anos, Neil participou de várias bandas regionais e, no verão de 1974, se juntou ao Rush. Além de músico e letrista, Neil também era escritor. 

Banda Rush no início da carreira
Banda Rush no início da carreira / Créditos: Divulgação
O artista vagou entre vários estilos de rock, ganhou inúmeros prêmios e foi considerado um dos maiores bateristas da história.
Segundo informações de familiares, o astro faleceu no dia 07 de janeiro de 2020, quando sucumbiu a um câncer de cérebro que lutava contra há mais de três anos.
A eficiência, energia e genialidade de Neil nunca será esquecida pelo mundo do rock e seu legado continuará inspirando músicos ao redor do mundo. 

Baterista Neil Peart
Créditos: Divulgação

As 5 melhores músicas do Rush

Para relembrar o ritmo de Neil e a história do Rush, confira as 5 melhores músicas da banda. 

Tom Sawyer

A música que consagrou o álbum Moving Pictures, lançado em 1981 pelo Rush, Tom Sawyer fala sobre os dias modernos pela visão de um rebelde. 
De acordo com Neil Peart, a canção trata a diferença entre o que as pessoas realmente são e o que os outros acreditam que elas sejam. 

Time Stand Still

Parte do álbum Hold Your Fire, lançado em 1987, Time Stand Still é uma mistura brilhante entre instrumentos e vocais e trata sobre momentos e a passagem do tempo. 
A canção também dá nome a um documentário que relata a turnê final do Rush, sua relação com os fãs e com a música em geral.