quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

FREE BIRD




... é uma canção do Lynyrd Skynyrd que Ronnie Van Zant considerava ter muitas mudanças de acordes para encaixar a letra, e que tanto a banda quanto a gravadora achavam que era muito longa para ser lançada como single... No entanto, tornou-se um clássico do rock.

Poucas músicas definiram uma banda ou gênero tanto quanto FREE BIRD. A ode do Lynyrd Skynyrd à liberdade da estrada e às pessoas que ficam para trás não foi seu maior sucesso nas paradas - Sweet Home Alabama (https://youtu.be/sDz2rVgv0uM) e That Smell (https://youtu.be/hib4n9RmFrQ) a superaram nos charts da Billboard - mas ela se tornou seu passaporte para a imortalidade e o hino não oficial do rock sulista.

“É sobre o que significa ser livre, no sentido que um pássaro pode voar para onde quiser”, disse Ronnie Van Zant nos anos 70. “Todo mundo quer ser livre. É isso que representa este país.”

As raízes do Skynyrd foram plantadas em 1964, quando o cantor Ronnie Van Zant, os guitarristas Allen Collins e Gary Rossington mais o baterista Bob Burns se conheceram em um jogo de beisebol na cidade de Jacksonville, FLA e decidiram formar uma banda. No final da década, eles batizaram o grupo de Lynyrd Skynyrd, em homenagem a um odiado professor de esportes do ensino médio. Ronnie Van Zant era o líder não eleito da banda, embora Rossington e Collins tivessem sua própria parceria.

“Eu e Allen tocávamos o tempo todo”, diz Rossington, o único membro sobrevivente original do Skynyrd hoje. “Mesmo quando não estávamos ensaiando com a banda, nós ficávamos tocando juntos na casa dele.”

Um dia, Collins chegou à cabana de telhado de zinco sufocantemente quente, apelidada de Hell House, que a banda usava como local de ensaio com o esqueleto de uma música que ele havia composto.

“Essa foi uma das primeiras músicas que ele escreveu”, diz Rossington. "Ele só tinha feito duas ou três coisas antes disso."

Collins tocou para seu colega guitarrista, que achou ótimo. Ronnie Van Zant, no entanto, não ficou tão convencido.

“Ronnie achava que havia muitas mudanças de acordes”, diz Rossington. “Ele conta: “Não consigo escrever a letra disso, há muita coisa acontecendo”. Ele simplesmente não conseguia entender. Ele não tinha ouvido nada."

O famoso intratável cantor se recusou a ceder, mas isso não impediu Collins e Rossington de elaborar a música continuamente. Então, a guerra de desgaste acidental valeu à pena.

Um dia, Ronnie disse: “Ok, toque de novo”. Ele fez Allen tocar várias vezes. E finalmente conseguiu criar um verso em sua cabeça. E começou a improvisar em cima dos acordes de Allen. Ele escreveu a letra deitado no sofá. Ironicamente, Rossington diz que a banda inicialmente via FREE BIRD como apenas mais uma música.

terça-feira, 23 de novembro de 2021

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Curiosidades - Marisa Monte



fonte:folhauol

 Marisa Monte revelou que a música "Já Sei Namorar", sucesso dos Tribalistas, ficou por anos esquecida em uma fita que havia mandado a Antunes no início da carreira dela. "Beija eu" também estava nessa fita, recebeu letra e virou sucesso. "Já Sei Namorar" só foi recuperada muito tempo depois, na fase Tribalistas, e também virou hit.

A cantora falou ainda sobre sua relação com o produtor e jornalista Nelson Motta, que dirigiu o primeiro show dela e é o autor da versão brasileira da italiana "Bem Que Se Quis", outro grande sucesso do início da trajetória de Marisa.

"Lembro de estar em casa vendo o 'Fantástico' e o locutor anunciar o surgimento de uma grande cantora. Entrou 'Bem que se quis' e derrubou o quarteirão. Foi muito emblemático", recordou Teresa.

Outros momentos comentados pelas duas foram as gravações de "Speak Low", de Kurt Weill, gravada no álbum de estreia de Marisa e chamada de chique por Teresa; e "Rosa", do álbum "Mais". "Conheço casais que se formaram com a canção "Rosa". E mulheres que se descobriram lésbicas com essa canção."

As duas se conheceram em Madureira, no Rio de Janeiro, em um pagode na casa da Tia Surica, da Portela. Portelenses, elas ficaram amigas quando Teresa acompanhou a gravação de um álbum de Argemiro Patrocínio, da Velha Guarda da escola de samba, em um estúdio na casa de Marisa de Monte. O álbum foi lançado pelo selo particular da cantora.

Na live, Marisa Monte contou que um álbum anterior, "Tudo Azul", também lançado por seu selo particular, teve a gravação precedida por sessões de entrevistas com os integrantes da Velha Guarda da Portela, em uma grande e com muito café e pão de queijo. Ela fazia perguntas e puxava pelas memórias para resgatar antigos sambas esquecidos.

A pedido de Teresa, Marisa cantou na live de seu aniversário. Sem lembrar toda a letra, atendeu a amiga e fez "Speak Low" a capela, seguida de "Velha Infância" e "Na Estrada", essas acompanhadas ao violão. "Estou com saudade de uma festa, uma ronda de samba", disse ao encerrar sua participação.

Outros artistas como Caetano Veloso, Maria Gadu, Paulo Miklos, Carlinhos Brown, Silva e Pedro Baby também participaram e cantaram em homenagem a Marisa.




quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Celsão

 



Na casa da luz vermelha

Só tem dor e solidão
Vejo tantas almas tristes
E mesmo assim estão sorrindo pra mim

Cartão esquecido
Que a sorte abandonou
Quem chega aqui está perdido
Sem abrigo e sem amor
Mas nem conseguem entender

Que nessa beira de estrada
É um jeito triste de viver
Na sala cheia de fumaça ninguém vê
Que estou chorando por você...
Chorando por você...
Por você...

Um cartão esquecido
Que a sorte abandonou
Quem chega aqui está perdido
Sem abrigo e sem amor
Mas nem conseguem perceber

Que na casa da luz vermelha
Só tem dor e solidão
Vejo tantas almas tristes
E mesmo assim estão sorrindo pra mim

Nessa beira de estrada
É um jeito triste de viver
Na sala cheia de fumaça ninguém vê
Que estou chorando por você...
Chorando por você...
Por você...

terça-feira, 17 de agosto de 2021

8 frases incríveis de Bob Dylan para explodir seu cérebro

 



A única pessoa do mundo que foi premiada com um Oscar, um Grammy, o Globo
de Ouro, o pulitzer e o Nobel, Bob Dylan é considerado por muitos, e por mim, o
compositor mais importante dos tempos modernos. E por mais que receber
alguns desses prêmios não queira dizer muita coisa, ser a única pessoa do
mundo a receber todos eles tem lá sua importância.

Mas, independentemente disso, muito antes de receber essa coleção de prêmios,
Bob Dylan já impactava a vida de milhões de pessoas com as suas músicas e a
mensagem que ele passava pelas suas letras.

Quase nada que Bob Dylan diz é preto no branco ou tem uma interpretação
exatamente definida. Ele sempre fez questão de não explicar o significado das
letras para a imprensa e, quando possível, confundir ainda mais.

Mas já vamos entender isso melhor com oito frase geniais que vão: ou mudar a
sua vida, ou explodir a sua cabeça ou… se você tiver sorte, os dois.


1. Não existe sucesso como fracasso e o fracasso não é sucesso de forma alguma.

Hoje em dia uma das dicas mais propagadas , seja por escritores,empreendedores ou qualquer um que tenha alcançado o sucesso é que ninguém chega lá sem fracassar várias e várias vezes, mas nessa frase Bob Dylan nos lembra do que a maioria se esquece de dizer: fracassar em si não é sucesso de forma alguma. Só quando aprendemos com o fracasso é que seguimos em direção ao sucesso.

A definição de insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar
resultados diferentes , mas tem mais: essa frase do Bob Dylan vai alem, vivemos
numa sociedade que valoriza o fracasso, onde ter sucesso é condenável.
Independentemente da forma como esse sucesso se manifesta, as pessoas têm
vergonha de mostrar o que alcançaram, se orgulham de ter pouco dinheiro,
poucas conquistas, etc, e a população no geral apoia esse comportamento.
Vamos pensar naquele caso clássico de um cara que adora uma banda
desconhecida e, quando ela estoura e fica famosa, ele para de ouvir porque a
banda virou “modinha”. A banda só era boa enquanto era fracassada, assim
que alcançou o sucesso, perdeu o seu valor. Então fracassando você é
considerado bom, mas sabemos que o fracasso não é sucesso, é simplesmente
fracasso, por mais glamourizado que seja.

2. Aquele que não está se ocupando em nascer, está se ocupando em morrer

Essa é sem dúvida uma das frases mais famosas de Bob Dylan. Ao primeiro
olhar muitos interpretam o que parece óbvio, mas que mesmo assim surpreende
que a partir do momento em que nascemos estamos começando a morrer, o que
não parece muito bom, principalmente considerando o medo de morte que isso
traz à tona e que muita gente compartilha. Mas, e se na verdade ela tiver um
significado muito mais engrandecedor?
No momento em que paramos de nos reinventar, ou seja, renascer, começamos a
morrer. Não é da morte que devemos ter medo, é do comodismo, da
estagnação. Não podemos ficar parados, devemos estar sempre nos ocupando
em nascer de novo, mudar, evoluir, crescer ou então estaremos nos ocupando
em morrer.

3. Você não precisa de um meteorologista para saber para que lado o vento sopra

Você não precisa de ninguém para te dizer o óbvio ou o que você pode
descobrir por si mesmo. Ainda assim muitas pessoas buscam nos outros uma
forma de aprovação e esperam que os outros os apontem as direções e
decidam os caminhos que elas podem e devem decidir sozinhas.
E essa frase tem uma relação direta com uma das músicas mais famosas de
Bob Dylan, Blowin in the Wind, que foi o primeiro grande sucesso logo no
começo da sua carreira, trazendo uma explosão repentina de fama quando
começaram a vê-lo como um novo profeta, um porta-voz da sua geração.
Em Blowin in the Wind ele faz vários questionamentos sobre a condição humana
e diz que as respostas estão soprando no vento, mas ele sempre recusou os
títulos de profeta, d e porta-voz da suia geração. Então, quando ele diz que você
não precisa de um meteorologista para saber para que lado o vento sopra, ele
diz que você tem que achar as respostas soprando no vento por conta própria e
não esperar que ele ou qualquer outro grupo místico, como vemos muito hoje em
dia, tragam as respostas para você.

4. Roube um pouco e eles te jogam na cadeia, roube muito e eles te fazem rei

Não é exatamente isso que temos vividos agora, ou melhor, que temos vividos
desde sempre? essa frase atemporal de Bob Dylan é simples e crua: ou você
rouba o suficiente para mandar em quem vai te julgar, ou você paga pelos seus
crimes.
Temos quase um réu julgado em segunda instância da Lava Jato sendo solto por
semana, pelo simples fato que eles reinam sobre quem determina as suas
próprias sentenças. É a forma como a sociedade opera e ainda que a palavra
rei seja usada no sentido figurado, podemos transferir essa mesma máxima
para o poder do estado e para cada vez que temos que pagar impostos.

5. Eu era tão mais velho antes, eu sou mais jovem agora

A frase é de cara totalmente contraditória e a ideia é justamente essa. Bob Dylan
se deu conta que não envelheceu com o tempo, mas sim, rejuvenesceu,
deixando para trás velhas ideias e absorvendo, cultivando e desenvolvendo
ideias novas.
Podemos quebrar o feitiço do tempo vivendo assim, sem ficarmos presos no
passado, sem nos apegarmos a ideias que já são ultrapassadas por orgulho,
aceitando que as derrotas não são nada além de aprendizados.
Vivemos uma constante mudança, não somos o que éramos ontem e muito
menos o que éramos ano passado, mas não somos necessariamente mais
velhos. Se simplesmente levarmos em conta que com o tempo deixamos o que
era antigo para trás e nos abrimos para o novo, podemos ficar cada vez mais
jovens.

6. Para viver fora da lei você deve ser honesto

Aqui podemos entender que Bob Dylan fez um trocadilho com viver fora da lei no
sentido jurídico e no sentido social. Quando tantas coisas que discordamos são
impostas como leis pela sociedade, só alguém muito desonesto, com seus
próprios princípios consegue viver bem com isso. Só alguém muito hipócrita
engole todas as convenções e age de acordo com que os outros esperam, e
mesmo assim isso representa a grande maioria das pessoas. São
extremamente raras as que têm coragem de ser honestas o suficiente para viver
fora da lei e desafiar o meio em que vive, ir além das fronteiras do que é
aceitável e quebrar barreiras que até então impedem o crescimento. São esses
foras da lei honestos que impulsionam o mundo para frente

7. Atrás de qualquer coisa bonita existe algum tipo de dor

Eu me lembro da primeira vez em que ouvi essa frase, eu pensei que ela não
podia estar certa, que era pessimista demais, mas aí eu comecei a pensar, e
quanto mais eu pensava, mais verdadeira a frase parecia. Eu não conseguia
encontrar nenhuma exceção, então eu entendi que o pessimismo de Bob Dylan
tava certo, realmente atrás de qualquer coisa bonita existe algum tipo de dor.
Mas foi só depois de rever essa frase mil vezes que eu me dei conta que sim, ela
é a mais pura verdade, mas não é necessariamente pessimista. É só a verdade
sobre de onde nascem as coisas mais bonitas do mundo, sobre o fato de que o
sofrimento, mesmo que inevitável, não determina o resultado. Do sofrimento
mais horrível pode nascer a vitória mais deliciosa, a arte mais maravilhosa e,
como exemplo, temos a própria música de onde essa frase foi retirada: Not Dark
Yet.

8. Não critique o que você não consegue entender

A definição perfeita de um hater, aquele que critica o que não consegue
entender, todo mundo lida com gente assim. Só que mesmo que o termo seja
novo, esse tipo de pessoas sempre existiu e Bob Dylan lidou com eles a vida
inteira. Sempre foi questionado pelo seu sucesso, pelas suas letras, pelas suas
habilidade vocais, pela sua constante mudança de estilo musical , mas deixou
essa resposta simples e direta: Não critique aquilo que você não consegue
entender.
Isso é uma coisa que devemos levar para a vida toda. Sempre que somos
confrontados com algo desconhecido, novo, que desafia os nossos
conhecimentos, nos vemos cara a cara com a nossa própria ignorância e isso
pode ser doloroso, então a nossa tendência é atacar, mas podemos ser
maiores do que isso, principalmente nos tempos de extremismos que vivemos
hoje. Se não entendemos o discurso que vem do outro lado, tudo bem, não
precisamos conhecer tudo, podemos assumir a própria ignorância ao invés de
criticar o desconhecido, essa é a única forma de aprender.
E por mais que tenhamos chegados ao fim, nada começa nem termina quando
se trata de Bob Dylan, então eu vou finalizar com uma frase do próprio, que nos
mostra que provavelmente não ouvimos e nunca ouviremos nem metade do que
ele realmente teria a nos dizer:
“E se meus sonhos e pensamentos pudessem ser vistos, eles provavelmente
colocariam a minha cabeça em uma guilhotina”
Mas, sorte a nossa que o que ele pode nos mostrar sem perder a cabeça, nós já
temos o suficiente para uma vida de aprendizado.

Fonte: Epifania Experiência - Se inscreve lá e namasté

No Music no Life

 


Adivinha quem toca na HendrixStation

 






sexta-feira, 5 de março de 2021

having too much fun yah

 


Uma amostra de como Jimi Hendrix soaria nos anos 70

 

50 anos de ”The Cry Of Love”

Jimi Hendrix tem uma discografia fechada e muito bem acabada. É interessante imaginar quanta coisa boa ele iria fazer na década de 70, quantos discos fantásticos e parcerias. Um de seus últimos trabalhos ”completos” por assim dizer é o disco ”The Cry Of Love” que hoje está completando exatos 50 anos!

Em 1970, Jimi havia lançado ”Band Of Gypsys”, um trabalho mais funkeado e mais soul, jamais abandonando a veia de Rock N’ Roll franco que era uma das principais características dele. Após esse lançamento, Jimi começou a trabalhar em mais um disco mas infelizmente acabou não tendo tempo de concluir, Hendrix faleceu em Setembro de 1970, a versão oficial diz que ele se asfixiou com o vômito e se intoxicou por barbitúricos.

Alguns meses depois da morte de Hendrix, foi lançado o disco homenageado de hoje, o ”The Cry Of Love”, ele consiste basicamente como um lançamento oficial dentro da discografia dele, já que estava praticamente pronto. Neste disco, temos um Hendrix um pouco mais ”polido” se é que é possível usar esse termo com ele, eu digo no sentido de ter uma produção mais clara em alinhamento com o que a produção dessa nova década extraía.

Algumas músicas desse disco já haviam sido apresentadas ao vivo por ele algum tempo antes, outras virariam clássicos no decorrer dos anos. As músicas variam entre aclamadas entre os fãs e outras chegam a ser até subestimadas. Dos destaques, podemos falar logo sobre ”Freedom”, um riff de guitarra icônico, aqui já podemos notar uma diferença em termos de composição e produção que estávamos acostumados, sem dúvida é o grande destaque do disco. ”Drifting” resgata um pouco da psicodelia de ”Electric Ladyland”, já ”Ezy Ryder” é daquelas que fariam enorme sucesso em shows posteriores, conta com incríveis solos de guitarra como sempre, como curiosidade, Steve Winwood participa dos back in vocals dela. ”Angel”, é a música que mais me emociona no disco, uma balada extremamente sensível e linda, uma das grandes composições da carreira de Jimi, provando a diversidade que ele ia adentrar na década de 70.

”The Cry Of Love” nos da uma boa noção de como Jimi soaria na década mais produtiva da história do Rock, foi um disco bem aceito pelo público e é daqueles lançamentos que fazem sentido. Hoje em dia eu o encaro como um disco de carreira mesmo. Quem ainda não deu muita atenção para ele, recomendo que reconsiderem, aproveitando os 50 anos de seu lançamento!

Jonnhy Boy sings a song for us


 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Uma serie com a cara do Acorde - Alta fidelidade




 Estamos de quarentena e oficialmente procurando coisas novas para assistir, certo? Por isso, hoje é dia de uma série que vi pouca gente comentando, mas que achei super relevante. High Fidelity é uma produção da Hulu que estreou em fevereiro nos EUA.


Na trama, acompanhamos a história da Robyn (Zoë Kravitz) e suas peripécias da vida amorosa. Dona de uma loja de discos super descolada em Nova York, ela ainda não superou o térmico com o ex-noivo Mac (Kingsley Ben-Adir), que por sinal está de volta à cidade após um período em Londres. Como ela vai lidar com isso? É o que vamos descobrir!

A série é uma releitura da obra Alda Fidelidade, escrito por Nick Horby, que já havia sido adaptado para o cinema em 2000, com John Cusack (Digam o Que Quiserem), Jack Black (Jumanji: Próxima Fase) e, olha só, Lisa Bonet (Coração Satânico) no elenco, que, pra quem não sabe, é a mãe de Zoë Kravitz.

Na releitura do ano 2020 temos então uma visão feminina como destaque. Trata-se de uma série de comédia romântica gostosinha de assistir e com uma trilha sonora muito ótima, que é uma das melhores coisas da produção. Sério, se você é amante da música e da sua história, vai curtir muito. Inclusive existe uma playlist oficial no Spotify com todas as faixas tocadas ao longo dos episódios. Recomendo demais.

Foto: Hulu

Com um ritmo excelente, High Fidelity ganha o espectador logo no primeiro episódio. Ao todo são 10, todos super rapidinhos, entre 26 e 35 minutos, do jeitinho que o povo gosta, dá pra ver a temporada toda em um único dia. Com muito humor e personagens carismáticos, ela vai amarrando bem um episódio no outro e quando você percebe, já chegou no último.

Apesar de saber que não tem como superar Fleabag no quesito "quebra da quarta parede" e personagens emocionalmente quebrados, High Fidelity se esforça, e o resultado até que é bem satisfatório. Além disso, a série tem lá a sua dose de drama, nada que comprometa o tom leve e gostoso da trama, mas é sempre bom não é mesmo?

Além disso, se som é a sua pegada, com certeza você vai gostar da Robyn. Zoë Kravitz (Mad Max: Estrada da Fúria) mais uma vez é uma delícia de assistir e, ouso dizer, que sua personagem se assemelha muito com a sua estética na vida real, principalmente do ponto de vista da moda e vestimenta, algo que para mim deu um tom singular para a produção. É uma atriz que gosto bastante e que fico feliz de vê-la ganhando espaço como protagonista de sua própria série.

Em resumo, High Fidelity não traz nada que já não tenhamos visto antes, mas uma boa comédia romântica nunca é demais em tempos em que distrair a mente é tão importante. Pode ser uma ótima pedida pra dar aquela animada no final de semana. E fico na torcida por uma segunda temporada!

Foto: Hulu